domingo, 31 de julho de 2011

No, No, No....


Olá!!!

Eis-me novamente aqui no blog com essa pequena homenagem a cantora Amy Winehouse, morta recentemente aos 27 anos.
Para ser sincero não sou fã dela, mas não tinha como ser indiferente depois dessa grande perda. O que de fato marcou a passagem meteórica de Amy aqui na Terra foi justamente seu intenso envolvimento com as drogas, o que infelizmente colocava seu talento musical sempre em segundo plano.
Ela pouco se importava com tudo isso e parecia se sentir não pertencente a tudo que girava em sua volta. Pode ser que seja isso que a fez procurar nas drogas uma via de escape. Amy foi embora cedo e até talvez estivesse disposta a dar uma guinada na sua vida. Em tempos de culto a celebridades, torço para que o que fique de Amy Winehouse seja somente o seu legado musical.

Visuais: Recentemente fui ver a exposição de uma das artistas mais importantes do século XX, a franco-americana Louise Bourgeois (1911 - 2010) no Instituto Tomie Ohtake, intitulada O Retorno do Desejo Proibido. A obra de Louise tem como característica marcante a relação muito estreita entre a arte e a psicanálise. Ela, que por muito tempo fez análise, encontrou uma via de escape para o seu inconsciente onírico através de desenhos, objetos, pinturas, esculturas e instalações. Há também um certo caráter autobiográfico nas suas obras, onde ela expõe, como por exemplo, o relacionamento com seu pai durante a infância, o ato de ser mãe, e a histeria. É a primeira vez que Louise Bourgeois tem uma grande individual aqui no Brasil, que depois de São Paulo parte para o Rio de Janeiro. Além das obras, também há algumas correspondências no qual ela relata os seus traumas e os desejos de cura. Imperdível.

Cinema: Finalmente assisti ao tão falado Tio Boonmee, que pode recordar suas Vidas Passadas (Lung Boonmee raluek Chat, 2010), do diretor tailandês Apichatpong Weerasethakul (não se assuste, ninguém sabe falar o nome dele. Por isso o apelidaram de Joe), o ganhador da Palma de Ouro de Cannes do ano passado. É o primeiro filme de Apichatpong que assisto, mas fiquei encantado com o seu cinema fantástico. Concordo com o crítico Juliano Gomes, do site Cinética, que diz que Tio Boonmee é um filme que fala sobre a relação da imagem e do outro. E essa relação é explorada por Apichatpong através do espaço e da luz para intensifica-la ainda mais. A imagem é exposta em planos densos na luz do dia ou sombra da noite, dentro de um degradê de meios tons quase cinza até uma saturação total da cor, pois é daí que irão surgir os fenômenos fantásticos do seu cinema. O Tio Boonmee do título é um velho senhor que está morrendo e numa das primeiras cenas do filme, recebe o espírito de sua mulher, já falecida, e a visita de seu sobrinho que desapareceu e se tornou um macaco-fantasma. São esses os seres do mundo de Apichatpong que vão interagir nesse relação. Há cenas de grande impacto como a relação entre a princesa e o bagre e uma das que eu mais gostei e que exemplifica muito bem a relação da imagem com o outro é quando o espírito da mulher de Tio Boonmee está trocando sua bolsa de insulina e ele diz: "Depois que eu morrer, onde meu espírito deve procurar você, no céu?! E ela responde: "O céu é superestimado, não há nada lá". "E onde você estará então?", diz Tio Bonmee. E ela: "Fantasmas não se prendem a lugares, mas as pessoas... aos vivos". Ainda vou ter que voltar mais vezes a Tio Boonmee para absorver todo esse mundo fantástico e subjetivo de Apichatpong 'Joe' Weerasethakul.

Um grande abraço e ótima semana
Daniel Alves
daniel.sampaio@uol.com.br

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Psylocke

Olá Pessoal!!

Eis-me novamente aqui no blog com uma Pin-up novinha em folha da sensualíssima Psylocke, dos X-Men. Espero que gostem!!

Caramba, mais um dos grandes que nos deixam!! Dessa vez foi Cy Twombly, um dos artistas abstracionistas norte-americano mais influentes do Século XX depois do pós-II Guerra Mundial, quando o centro da arte contemporânea deixou de ser em Paris e passou a ser em Nova York.
O que mais se destaca na sua linguagem pictórica é o uso recorrente de elementos da caligrafia e do grafite aplicadas em formas sólidas, como sua série de pinturas cinzentas.
Twombly trabalhou e foi amigo de Robert Rauschenberg e Jasper Johns, mas quando esses artistas estavam começando a vender suas obras para os museus, decidiu ir morar em Roma.
Foi aí que sua arte ganhou influências clássicas da mitologia grega, latina e também da literatura européia, como os poemas de Mallarmé. Por isso é chamado pelos críticos de o pintor americano mais europeu de sua geração.
Dá pra ver influências de Cy Twombly, que além de pintor também foi fotógrafo e escultor, nas obras de Jean-Michel Basquiat (um dos meus artistas favoritos).
Twombly tinha 83 anos e atualmente há uma grande exposição dele na França, que eu espero que chegue logo por aqui!!!

Momento NERD! Acaba de ser divulgado o pôster de The Dark Knight Rises, o novo filme do Batman. Nem preciso dizer que fiquei mais ansioso ainda pra chegar 2012. Ainda bem que o do Lanterna Verde, outro que está me "deixando nos cascos", como sempre diz o Luiz Carlos Merten, já é agora em agosto...

Abraços
Daniel Alves
daniel.sampaio@uol.com.br

sábado, 9 de julho de 2011

Um vilão inconveniente!


Olá amigos!!!

Mais uma vez, após um tempo sem dar as caras por aqui, eis-me novamente com uma pin-up nova. Tem outras que estou terminando e em breve postarei. É aquela velha desculpa de sempre que parece mentira mas é verdade: estou numa correria danada!

Pra quem não conhece o rapazinho aí de cima que está a beira de esmurrar o Superman, faço as devidas apresentações. Trata-se do Superboy Primordial, e de todos os vilões da DC Comics, esse com certeza é o mais irritante. Ele é de uma terra paralela à nossa chamada Terra Primordial, e como veio parar aqui é uma das consequências que ocorrem na saga Crise nas Infinitas Terras, de 1985. A princípio, mesmo perdendo tudo, lutou ao lado dos heróis contra o causador de todo esse caos, o Antimonitor, e acreditava fazer o bem. A coisa muda em outra saga, Crise Infinita (2005), em que ele retorna ao lado de Alexander Luthor II (outra figura que muda de lado) completamente ensandecido e alterando drasticamente a realidade. O desfecho de Crise Infinita é pra mim, apesar da saga ser muito mediana, um dos grandes eventos das HQs.
Depois disso, tornou-se um errante culpando a tudo e a todos pelo seu sofrimento e por perder a sua tão amada Terra Primordial. Como ando atrasado com minha leitura devido a uma série de fatores, não sei qual é o seu paradeiro atual.

Nessa pin-up que eu fiz, ele está usando o uniforme do exército do Sinestro, do qual aliou-se na saga A Guerra dos Anéis (2007). Na verdade ele não luta com o Superman nessa história e sim com a tropa dos Lanternas Verdes, mas achei que, mesmo fora de contexto, ficaria interessante dessa forma. Bom, espero que gostem.

Pra terminar...
Começou a Flip 2011 com a presença de grandes nomes como Joe Sacco e João Ubaldo Ribeiro, e infelizmente mais uma vez não irei. E pra piorar, perco as esperanças de ouvir, ainda nessa vida, as palavras sábias de Antônio Cândido. O grande crítico brasileiro, de 93 anos, já disse que sua carreira literária está encerrada e que não dá mais entrevistas e nem participa de debates e palestras. Só aceitou participar dessa Flip porque o grande homenageado dessa edição é Oswald de Andrade e Cândido é seu único amigo ainda vivo. Ele abriu a Flip deixando de lado a análise crítica de sua obra pra falar do homem em si e contar um pouco da sua relação com um dos introdutores do Modernismo no Brasil. Quem esteve lá, presenciou a lucidez e a sabedoria de Cândido, que apesar de recluso e admitir que não acompanha mais nada de novo do que acontece há uns vinte anos, retornando apenas aos clássicos, continua mais vivo e necessário para a nossa literatura.

E chega de falar que já tomei muito o tempo de vocês!!

Um grande abraço a todos
Daniel Alves
daniel.sampaio@uol.com.br