sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Cry Baby!


Olá amigos do Blog!

Há 43 anos, vítima de uma overdose de heroína, calava-se uma das vozes mais belas e sedutoras do Rock 'n' Roll...
A minha homenageada de hoje é Janis Lyn Joplin (1943-1970), que tinha apenas 27 anos quando foi encontrada morta no dia 04 de Outubro, em um quarto de hotel . 
Fiz esse desenho no ano passado para a minha série Legends que foi premiada em algumas convenções de tatuagem. Usei como referência uma foto de Richard Avedon (1923-2004), um dos meus fotógrafos favoritos.
Janis nasceu no estado norte-americano do Texas, na cidade de Port Arthur, e desde criança já dava sinais de que seguiria a carreira musical. Além de passar a infância e a adolescência ouvindo cantores de Blues como Bessie Smith e Big Mama Thornton também fazia parte do Coro da cidade. Quando ingressou na Universidade do Texas, em Austin, arriscava cantar com os amigos grandes canções do Blues e do Folk. Já nessa época cultivava aquela atitude rebelde dos poetas beat, consumindo cada vez mais doses cavalares de drogas e bebidas,
Em 1966, quando retorna para Port Arthur se aproxima do grupo Big Brother & The Holding Company e juntos gravam, no ano seguinte, o primeiro álbum auto intitulado. Não obtiveram muito destaque e o álbum passou em branco.
O sucesso só viria de fato em 1968 com o segundo álbum, Cheap Thrills (que tem aquela capa clássica desenhada pelo Robert Crumb). A faixa Piece of my Heart liderou as paradas da Billboard por oito semanas consecutivas. Em seguida Janis deixa o grupo e parte para carreira solo, formando o Kozmic Blues Band, que a acompanhou no Festival de Woodstock e lançam o premiado I Got Dem Ol´Kozmic Blues Again Mama! (1969). 
O Kozmic Blues se separa e Janis forma outro grupo, o Full Tilt Boogie Band. Mas infelizmente não deu tempo para ver até onde o novo grupo de Janis poderia chegar, pois no fatídico 04 de Outubro de 1970 ela é achada morta pelo empresário da banda, John Cooke. Como legado, no ano seguinte é lançado postumamente o álbum Pearl que estava sendo preparado por eles e que contém os maiores sucessos de Janis, Me and Bobby McGee e Mercedes-Benz.
A passagem meteórica de Janis foi o suficiente para que ela gravasse o seu nome na história do Rock, e até hoje ser lembrada por uma legião de fãs ao redor do mundo e inspiração para muitos artistas da atualidade, como a líder do Alabama Shakes, Brittany Howard (apesar dela negar isso)
Como curiosidade vale destacar a passagem barulhenta de Janis no Brasil, em janeiro de 1970 no Rio de Janeiro. Além de beber muito e ter um suposto affair com o roqueiro Serguei, ela fez tudo o que tinha direito, desde um topless na praia até nadar nua na piscina do Copacabana Palace Hotel (em que logo em seguida foi expulsa).  

É isso!
Daniel Alves
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